quinta-feira, novembro 10, 2005

FINAR-SE


Ontem nascia em Teresina/Piauí em 1944 o escritor e compositor “Torquato Neto”. Em 10/Novembro de 1972, um dia antes de completar 28 anos, trancou-se no banheiro, vedou os espaços e ligou o gás.

“Mamãe, mamãe não chore
Eu quero, eu posso, eu quis, eu fiz, Mamãe, seja feliz
Mamãe, mamãe não chore
Não chore nunca mais, não adianta eu tenho um beijo preso na garganta
Eu tenho um jeito de quem não se espanta (Braço de ouro vale 10 milhões)
Eu tenho corações fora peito
Mamãe, não chore, não tem jeito
Pegue uns panos pra lavar leia um romance
Leia "Elzira, a morta virgem", "O Grande Industrial"
Eu por aqui vou indo muito bem, de vez em quando brinco Carnaval
E vou vivendo assim: felicidade na cidade que eu plantei pra mim
E que não tem mais fim, não tem mais fim, não tem mais fim”.

Mamãe Coragem (Caetano/Torquato) – trecho –

...Tava pensando... O Suicídio pode virar um quadro (“Virgínia Wolf”), um poema (“Mário de Sá Carneiro”), um culto (“Ian Curtis/Joy Division), uma incógnita (“Michael Hutchence”/Inxs), uma salvação “Ana Cristina César”, uma dor (“Elliott Smith”), ou uma libertação (“Kurt Cobain”)... Nas formas de um córrego, de um cálice de veneno, uma forca ou um cinto, no pulo certeiro, na faca no peito ou no tiro na boca... “Nossa única defesa contra a morte é o amor” (Saramago)

1 Comments:

em 3:18 PM, novembro 10, 2005, Blogger Denis disse

pôxa, num dia frio e nublado como este, ler "Ana Cris" só se for nessa segurança: apartamento no primeiro andar e grades em todas as janelas...

 

Postar um comentário

<< Home

THE END