sexta-feira, dezembro 30, 2005

Câmara Cascudo


Nasce em Natal/RN - 30 de Dezembro de 1898


"Termino com saudades meu trabalho, libertador das erosões destínicas e demais cortesãos da velhice."

"Sou um homem mais de fé do que de culto. Posso recusar a extrema-unção, vou me entender pessoalmente com Deus."

"Não me interessei por nada no mundo. Daí a minha fidelidade mental ao meu trabalho. Sou um brasileiro feliz, diz Diógenes. Vivia minha vida e não a vida indicada pelos outros. Não fui o que quiseram, fui o que senti, a volição de ser. Hoje, sou um resto de idade, estou fora do ar, tenhos dias eufóricos, compreendeu? O trabalho para mim não era maldição. Era como o trabalho gostoso de fazer um filho. Prazer."

"O Brasil não tem problemas, só soluções adiadas."

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Câmara Cascudo, o fundador da Sociedade Brasileira de Folclore, marcou o estudo dos costumes e do imaginário popular brasileiro desde a publicação de "Vaqueiros e Cantadores”, em 1939. Os seus livros não são apenas documentos eruditos da cultura oral brasileira e de suas raízes indígenas, africanas e européias, mas também clássicos da literatura brasileria eles próprios. Escreveu mais de 100 livros, guardou uma correspondência de mais de 12 mil cartas e deixou uma biblioteca com cerca de 8 mil livros.


Carlos Drummond de Andrade mandava consultá-lo quando o assunto era costumes brasileiros: "Ele diz tintim pôr tintim a alma do Brasil", escreveu. Monteiro Lobato discutiu com ele as primeiras páginas de Reinações de Narizinho. Manuel Bandeira disse-lhe uma vez que sua pasárgada era o ser, era o sertão do Seridó, no Rio Grande do Norte. Foi Mário de Andrade, no entanto, quem o tomou pôr confidente e trocou a mais longa correspondência com o escritor potiguar Luís da Câmara Cascudo, falecido em 1986.

(uma lembrança do conterrâneo!!!)

THE END