domingo, novembro 20, 2005

"Todo ser é capaz de nudez: toda emoção, de plenitude"




"No dia seguinte, só o deserto foi que amei”. (Gide”)

Fico pensando desde quando começou essa minha paixão pelo escritor francês “André Gide”, mas sei tão bem que me vem à memória “Fortaleza” /1985 e “Os moedeiros falsos” em minhas mãos. “Gide” começou a escrever cedo e em 1891, aos 22 anos, publicava seus dois primeiros livros e em 1897 “Os frutos da terra”, uma obra madura que mostrava ao mundo um escritor em plena explosão criativa. De espírito irrequieto pela criação rígida que tivera, tem em sua obra um cunho claramente autobiográfico: seu desejo pelo mesmo sexo em “O Imoralista” (1902), “Corydon” (1911) e “A sinfonia pastoral” (1919); seu casamento de fachada em “A porta estreita” (1909): a problemática religiosa em “Os subterrâneos do vaticano” (1914). Premio Nobel em 1947, “Glide” viveu por longos 82 anos.

Terça é seu aniversário: “André Paul Guillaume Gide” nasceu em 22 de Novembro de 1869.

“Oh, tudo o que não fizemos e no entanto teríamos podido

fazer... pensarão eles no momento de deixarem a vida.

Tudo o que devíamos ter feito e que no entanto não fize-

mos! Por toda espécie de considerações, por temporização,

por preguiça, e por ter dito demasiado:”Bem, temos tempo!”

Por não ter apreendido a hora insubstituível, o doravante

Inincontrável instante. Por ter adiado para mais tarde a de-

cisão, o esforço, o amplexo...

A hora que passa, passa definitivamente.”

André Gide – “Os novos frutos” (1935)

THE END