segunda-feira, agosto 14, 2006

94 Anos...

Joaquim Lúcio Cardoso Filho nasceu em Curvelo, Minas Gerais, a 14 de agosto de 1912 e faleceu em 28 de setembro de 1968, no Rio de Janeiro, vítima de derrame cerebral.


"Apenas aqueles para quem a arte é necessariamente vital fazem com ela um pacto tal qual o estabelecido por LÚCIO CARDOSO, um ficcionista monumental que se utilizou, simultaneamente, de diversos recursos narrativos (diários, memórias, cartas, confissões, poesia, depoimentos...) para, articulando a suposta fragmentação, fazer surgir a tragédia humana com toda sua carga de paixão, angústia, erotismo, solidão e desespero. Em um universo ontologicamente dilacerado, com uma prosa cuja poesia dá vazão ao desejo transgressivo, os personagens se desnudam em tensões recriadoras da objetividade do mundo. Ao lado de Clarice Lispector e Cornélio Pena, ele foi o principal nome do romance intimista brasileiro, e realizou, com Paulo César Saraceni, o primeiro longa-metragem do Cinema Novo, além de seus romances terem sido adaptados para as telas. Ao ter de abandonar a escrita por causa de um derrame cerebral, recusou o afastamento da criação, passando a pintar belos quadros, ainda que com os poucos movimentos que lhe restaram." (Virtual Books)

OBRAS

Maleita (1934); Salgueiro (1935); A Luz no Subsolo (1936); Mãos Vazias (1938); O Desconhecido (1940); Poesias (1941); Dias Perdidos (1943); Novas Poesias (1944); O Anfiteatro (1946); Crônica da Casa Assassinada (1959); Diário Completo (1961); O Viajante (1970).


"O que é criminoso é representar tudo o que eu sei - a vida, para ser vivida, é uma abstinência de verdade."

"Não existo no pleno, e sim no que carece. Assim a melodia se concebe e vibra, ao longo de uma existência que jamais sacia o meu desejo de variedade."

"Às vezes não é a vida que me interessa - mas o que me faz estrangeiro dentro dela."

THE END