Robert Leroy Johnson
08.Maio.1911 - 16.Agosto.1938
Robert Johnson - Ramblin' On My Mind
Elvis Aaron Presley
08.Janeiro.1935 - 16.Agosto.1977
Elvis Presley - Suspicious Minds
Nusrat Fateh Ali Khan نصرت فتح علی خان
13.Outubro.1948 - 16.Agosto.1997
Nusrat Fateh Ali Khan & Michael Brook - sweet pain
Mustt Mustt (Massive Attack Remix)
(...) "De facto, se olharmos para a notável carreira de 'Nusrat Fateh Ali Khan', chegamos à conclusão que este "quarto tenor" espalhou pelo mundo as mensagens do Islão e do Sufismo, impregnadas de amor e devoção, afecto e tranquilidade. Algumas das matérias base dos poemas que interpreta, muitos deles escritos há mais de 500 anos.
Venerado como um semi Deus no Paquistão, NFAK cedo foi descoberto no Ocidente por Peter Gabriel. O seu nome é sinónimo de metáforas que demonstram ligações indissociáveis entre Ocidente e Oriente, tradição e modernidade, sagrado e profano, por culpa das suas múltiplas experiências com músicos de áreas tão diversas como o rock, o trip hop, a dança e o experimentalismo.
Os seus trabalhos com Michael Brook, Massive Attack, Eddie Vedder, Bally Sagoo e Peter Gabriel, apesar de levarem as mensagens dos Sufis para fora do seu ambiente, foram responsáveis pelo surgir de inimigos no seio da comunidade de músicos qawwali (música de devoção dos Sufis), que sentiram a sua cultura contaminada.
A sua exemplar técnica vocal, plena de improviso em múltiplas inflexões, foi provavelmente melhor compreendida no Ocidente. Entre os inúmeros fãs de NFAK, Jeff Buckey foi aquele que melhor descreveu e interiorizou o sentimento de escutar um disco daquele que é considerado por muitos o Pavarotti asiático. Vale a pena ler as palavras de Jeff publicadas na compilação de NFAK "The Supreme Collection Vol 1", editada pela Caroline Records dez dias depois da morte deste carismático paquistanês. Disco que viria a ser dedicado à memória de Jeff Buckey que morreu afogado, a 29 de Maio de 97, cerca de três meses antes do coração de NFAK ter batido pela última vez.
Jeff contava-nos que "a primeira vez que ouvi Nusrat Fateh Ali Khan estava em Harlem, em 1990. Eu e o meu companheiro de quarto ouvíamos música em volume muito alto. Nessa altura andávamos imersos no toque da maré ondulante dos ritmos sombrios de tablas do Punjab, espicaçados pelo sincronizado bater de palmas que irrompia de cima e de baixo num ritmo rígido e perfeito. (…) De repente escutámos uma, depois dez vozes pairando no ar como se tratasse de um bando de gansos ascendendo ao céu em formação. Finalmente a voz de NFAK. Parte Buda, parte demónio, parte anjo louco… a sua voz era suave e escaldante, simplesmente incomparável. A mistura do improviso na arte clássica do 'qawwali', combinado com o seu estilo audacioso e a sua sensibilidade, transporta-o para uma categoria só sua, acima de todos os outros que se movem na sua área… Para os verdadeiros qawwalis todos os significados na música existem simultaneamente e não há necessidade de um dogma religioso. Há apenas a peregrinação em direcção à luz que procuramos no fundo do coração, que é a casa de Deus. Existe apenas a pura devoção e um feroz virtuosismo para ganhar asas e planar através da música. De dar um beijo nos olhos de Alá e cantar o seu olhar de amor pelos homens."(Crônicas da Terra)
Aqui uma entrevista feita por 'Jeff Buckley' a 'Nusrat' em Janeiro/96.
E Aqui texto de 'Jeff' escrito em 97 sobre o músico Paquistanês.
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home